Será um dinheiro D. Sancho I ?

[fernanrei]

Caros ilustres, pelo simples facto de ainda ter algumas dúvidas recorro a este poço de sapiência para que possa finalmente colocar este exemplar no meu álbum mais restrito. Aguardo pacientemente os vossos comentários.

Cumprimentos

[Praça]

O Dinheiro de Cruz Cravada é controverso, para já a maioria das opiniões colocam-no como de D. Sancho I.

[fernanrei]

O Dinheiro de Cruz Cravada é controverso, para já a maioria das opiniões colocam-no como de D. Sancho I.

Neste quase que não tenho dúvidas, mas nada como conversar com vocês. Cumprimentos.

[fernanrei]

Sei que é um tema controverso mas terminou rápido e acabo por ter ficado mais convencido pela ideia que já tinha . Então fica em definitivo na caldeira dos Sancho I ....

[palves]

A questão é densa. o iúri tem um post sobre o assunto.

PA

[fernanrei]

Estou definitivamente convencido de que é um dinheiro de D. Sancho I.

[euoutravez]

A epigrafia já provou ser de Sancho II.

[Numis]

Tinha um exemplar como Sancho I mas penso que sejam de Sancho II

[fernanrei]

Para estes dinheiros serem atribuídos e D. Sancho II, de forma inequívoca, teríamos que admitir que logo a seguir ao interregno de amoedação em Braga, potenciado por D. Afonso II, a cunhagem teria sido retomada em 1223, pela subida ao trono de D. Sancho II, na cidade de Braga... . Uma coisa é certa, a eficácia da epigrafia depende largamente da análise de documentos coevos, coisa que não abunda relativamente a esse período da nossa história. salva-se em boa conta, pelo estado de conservação em que está, a cruz póstuma de D. Sancho I que está exposta no museu de arte antiga... No meu ponto de vista, estes dinheiros são de D. Sancho I...

[euoutravez]

Para estes dinheiros serem atribuídos e D. Sancho II, de forma inequívoca, teríamos que admitir que logo a seguir ao interregno de amoedação em Braga, potenciado por D. Afonso II, a cunhagem teria sido retomada em 1223, pela subida ao trono de D. Sancho II, na cidade de Braga... . Uma coisa é certa, a eficácia da epigrafia depende largamente da análise de documentos coevos, coisa que não abunda relativamente a esse período da nossa história. salva-se em boa conta, pelo estado de conservação em que está, a cruz póstuma de D. Sancho I que está exposta no museu de arte antiga... No meu ponto de vista, estes dinheiros são de D. Sancho I...

A epigrafia não depende absolutamente de nada e é absoluta! A obra de arte é idiossincrática e isso reflecte‐se nos elementos que a compõem. Da sua análise e apenas daí se podem descobrir coisas novas. Os documentos estão todos estudados até à exaustão e alguns levaram a erros descabidos de análise e são fulcrais na história monetária ridícula que temos nos nossos livros, ainda que isso esteja finalmente a mudar...

Se as letras destes dinheiros são iguais aos de Sancho II e diferentes de todos os de Sancho I é obvio que não foram abertos pelas mesmas mãos que abriram os outros de Sancho I. O resto é conversa de velho do Restelo.