Já peguei vários envelopes e anotações, vão de referências simples das leiloarias que vendem, a envelopes bem antigos e pessoais. No início da coleção não dava importância, mas isso se revelou, afinal, um erro. Hoje arquivo todos.
Entre os vários que guardei, deixo três que achei bem pessoais:
Eram dos colecionadores que vieram antes de mim. Nesses dias de falsificações correntes, esses velhos envelopes servem de testemunhos, de referência quanto à época em que essas moedas já estavam no mercado e quem as possuía. Eles me transmitem segurança, além de ser uma bela curiosidade, que acaba também valorizando a coleção!
A primeira peça vem com uma anotação da década de 50. Traz uma breve classificação, e no verso a data da compra; 20 IX 1950, o local; algum lugar na Alemanha ou Áustria, e o valor pago; 5, shillings ou marcos... Descobri o nome desse colecionador, era Karl Pollak, bem conhecido nos meios, já falecido.
A segunda é um espetáculo à parte. Veio num elegante envelope de papel antigo, com letras de bico de pena. Diria que está acondicionada dessa forma desde a década de 30 ou 40, talvez antes!
A última é uma anotação em papel bem velho, em bico de pena também. O papel foi aproveitado, pois no verso há resquícios de um desenho a lápis, coisa de um tempo em que o papel não era algo que se jogasse fora tão facilmente, como hoje em dia. Diria que é de meados do séc. XIX para seu final.
Tenho minha própria forma de acondicionamento, mas guardo todas essas anotações junto com as moedas nos meus envelopes, que um dia creio que também servirão como referência para quem ficar com minhas peças, quando eu já não morar nesse mundo, como as pessoas que deixaram esses escritos.
. Fazem muito bem em guardar essas referências, que mais tarde podem servir como base de apoio para contar a história de qualquer uma dessas moedas.