Meio Real de 10 soldos de €vora

[Monge]

J1 26,01.jpg

Com o Natal apareceu mais esta, cunhada em bolhão rico.
A moeda pertenceu à colecção do Comendador José da Costa Henriques e foi vendida em 2011 no leilão 88 da Numisma.
Foi para França mas consegui agora que regressasse a casa.
Parece ter tido qualquer tipo de restauro que se nota sobretudo nos "N"'s, com um aspecto muito recto e por não serem todos iguais.
O N de NOST... está invertido.
Temos NOSTRVN em vez de NOSTRVM.
No final da legenda o gravador encaixou um “D” à pressão pois não havia espaço para a curva. Também não sei o seu significado.

[José Almeida]

Parabéns amigo Monge, um excelente exemplar para começar o ano.
Pela imagem não me parece existir restauro, a moeda está homogênea.

[fernanrei]

Amigo Monge concordo na íntegra com o José Almeida quando diz não existir restauro na moeda. É um exemplar com uma cunhagem muito boa e apresenta um estado de conservação invejável. Se reparar bem, todo o conjunto de relevos apresenta uma homogeneidade que confirma não existir qualquer tipo de restauro ao nível das legendas. Os meus parabéns e é sem dúvida uma boa partida para 2018..

[numisiuris]

Amigo Monge, como lhe tinha dito, a moeda parece-me ser verdadeira, mas restaurada. Acima de tudo a letra monetária foge ao estilo, como algumas letras também. Repare-se por exemplo no "N" do monograma e no da legenda do reverso. Além disso o campo está todo grumoso. Muitas, mas mesmo muitas moedas de colecções antigas, foram restauradas. Esta parece-me ser uma delas, mas é apenas a minha opinião.

[numisiuris]

Continuo a olhar para ela. Penso que não acaba com D, mas com I. A fórmula seria ADIVTORIVM NOSTRVM IN NOM. Em Évora, curiosamente, o V é trocado por um O em muitas séries. Os abridores de Évora não poderiam ser os mesmos de Lisboa. Ou seja, ao contrário do que sucedeu no reinado de D. João IV, ao tempo de D. João I haveria abridores próprios em Évora. Eventualmente dois até. Mas ainda aí não cheguei com grande propriedade. Veja os reais de dez soldos da INCM, um do BES e o do Museu do Rio, por exemplo, com as letras monetárias EV. Há muitos com a legenda nostron.