A análise foi executada com a tecnologia DRX (Difração de Raios-X) em vários pontos do reverso da moeda. A quantidade presente de cobre, a mais importante, deu valores desde os 56% até aos 81%, sendo que este ultimo valor apesar de ser o mais alto, não é indicador de uma liga com alto teor de cobre e isso deve-se ao facto da análise ser superficial e existirem claras evidências de quebra da liga por influência da corrosão. De qualquer forma, o método utilizado e as condições da moeda permitem valores qualitativos fidedignos relativamente à presença dos elementos, já os quantitativos, requerem outro método mais eficaz como é o caso do PDRX, que é igual ao DRX mas para partículas pequenas (poeiras) e neste caso teríamos que retirar uma amostra à moeda e decompor em pó, o que não é desejável. Os valores anteriormente representados relativamente aos elementos presentes na liga, correspondem ao teste feito no ponto onde deu o maior teor de cobre, precisamente no centro da moeda, logo, não devem ser considerados como representativos dos valores reais da liga, para isso teríamos que incidir na camada mais interior da moeda tapada pela patina, e mesmo dessa forma apenas se conseguem valores aproximados. Na minha opinião e de alguns colegas meus, a moeda esteve exposta a solo com alto teor de cloretos como é o caso das zonas banhadas pela água do mar, mas essas condições também existem longe do mar e é uma questão de tentar relacionar o local onde foi encontrada com as condições descritas. Espero ter sido útil e aproveito para dizer que a informação prestada é muito sucinta e apenas deve ser usada como esclarecedora das dúvidas criadas pelos sinais presentes na moeda em epigrafe.
