Vitém de Esfera - Ajuda na Identificação

[denário]

Boa Noite!

Agradeço a V/a ajuda na classificação deste vintém, que não aparece no Alberto Gomes.



Diâmetro 14mm
Peso 0,70 gramas

Antecipadamente grato,

[fernanrei]

Na minha humilde opinião será um vintém de D. Pedro II de Lisboa. Nesta moeda existem muitas variantes por isso é bem possível que seja mais uma que não está catalogada. Cumprimentos...

[numisiuris]

Boa tarde!

Na minha opinião é a referência 1.6 do Catálogo de Francisco Magro. O cimo da esfera parece-me o 4 e a base, embora possa parecer a 11, penso que será também a 4, o empastamento provocado pelo desgaste é que confundirá as coisas.

Parabéns, está muito apelativa e é extremamente invulgar.

[denário]

Muito obrigado Iluste Colega!

Outra coisa que me intriga no vintém é o facto de a linha do círculo polar ártico ser curva e não recta, bem como o de existir a linha de trás, em segundo plano.

Poderá ser um ensaio?

[numisiuris]

Estive de volta disto. O que me tinha chamado a atenção sobretudo tinha sido o perolado do anverso, largo, invulgar. A ideia dos ensaios acaba por não estar fundamentada e entende-se porquê. Seriam casualidades do processo produtivo. Ainda assim, o flamejante deve ser ensaio. Está não circulado e apresenta um desenho que parece em tudo experimental e um reflexo de um gosto barroco, com tendência ao exagero. E esse talvez seja também um ensaio. A questão da linha curva é interessante, mas a linha de trás será mais invulgar (existe no Porto). O peso poderia ser determinante. Mas em 200 e poucas moedas podiam falhar até 3 vinténs e há diferenças de peso consideráveis. Nisso, o estudo do Engenheiro Magro é mesmo o melhor que está feito. Define o peso médio teórico como sendo de 0,86g para este grupo. A ser um ensaio, talvez a afinação no peso não fosse relevante. De qualquer modo, o que intriga são as fortes marcas de circulação. Em função delas, parece-me que pôr a hipótese de ser moeda acaba por fazer sentido. Terá circulado. Podemos especular acerca de uma entrada fortuita em circulação, desprovida de curso legal, para o cunho em causa. Mas a verdade é que cumpriu a sua função como instrumento de troca, o que lhe dá alguma alma até. E poderia encaixar na tipologia definida por Francisco Magro com a referência 1.6, sendo uma variante da mesma referência, em função das características indicadas. Seja como for, é um exemplar bastante invulgar. Parabéns!