Moedas do Império do Brasil - Padrões Ouro, Prata e bronze

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doliveirarod
Reinado D.Afonso Henriques
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Moedas do Império do Brasil - Padrões Ouro, Prata e bronze

#1 Mensagem por doliveirarod » domingo jun 08, 2008 8:02 pm

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D. PEDRO II

"D. Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga nasceu em 2 de dezembro de 1825, sendo filho de D. Pedro I (Pedro IV de Portugal), imperador do Brasil e D. Leopoldina, arquiduquesa da Áustria. Seus avós paternos eram Dom João VI, rei de Portugal, Brasil e Algarves e Dona Carlota Joaquina, infanta da Espanha, enquanto seus avós maternos eram Franz II, Sacro Imperador Romano-Germânico e Maria Teresa, princesa das Duas Sicílias.

No dia 7 de abril de 1831, o Imperador dom Pedro I abdicou de sua coroa e se viu forçado a partir para o estrangeiro para lutar pelo trono da filha mais velha, usurpado por seu irmão, o infante dom Miguel. A partir de então, o príncipe dom Pedro de Alcântara tornou-se dom Pedro II, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Seu império se estenderia até 1889, quando foi deposto, totalizando 58 anos como monarca brasileiro.

Ao tornar-se imperador, dom Pedro possuía apenas cinco anos de idade e a Constituição previa a criação de uma regência até que atingisse os 18 anos para então assumir suas prerrogativas constitucionais. E enquanto o pai era tratado com hostilidade nos anos finais como imperador, dom Pedro II foi aclamado por uma numerosa multidão de pessoas, que deixaram a criança aterrorizada com o barulho e as manifestações de alegria em seu favor Para a população da época, a figura do pequeno órfão que deveria governá-la um dia lhes era simpática. Mas para dom Pedro, deixado apenas com suas três irmãs no Brasil, era muito doloroso a falta que o pai lhe fazia.

Ao tornar-se imperador com apenas cinco anos de idade, dom Pedro II se viu preso ao cargo de maior importância do país e por esta razão, seus tutores, principalmente o segundo, Manuel Inácio de Andrade, o marquês de Itanhaém, que substituiu José Bonifácio, decidiram dar ao jovem monarca uma educação excepcional. Itanhaém desejava [...] formar um monarca humano, sábio, justo, honesto, constitucional, pacifista e tolerante. Isto é, um governante perfeito, [...], acima das paixões políticas e dos interesses privados. E por isto, entregou dom Pedro aos cuidados de mestres, verdadeiros sábios, que impunham uma rígida disciplina.Todos os dias, inclusive aos domingos, dom Pedro II acordava as seis e meia da manhã e tinha aulas de ciências naturais (Astronomia, Biologia, Física, Química, Geografia, etc...), línguas, filosofia, desenho, caça, aritmética, dança, música, equitação e esgrima (estas duas últimas eram ensinadas por Luís Alves de Lima e Silva, o futuro duque de Caxias). Somente duas horas do dia eram reservadas para brincadeiras e só era possível visitar as irmãs após o almoço.

Por ser um homem naturalmente tímido e avesso a intimidades, o monarca possuía poucos e sinceros amigos. Um deles se chamava Rafael, negro e veterano da Guerra da Cisplatina e trabalhava no paço como seu criado particular (e fora homem de confiança de Pedro I). Tendo tido uma infância solitária e triste, um dos atenuantes para Pedro II foi o carinho recebido por parte de Rafael, que servira de certa forma como um pai que o pequeno Bragança não tivera. A amizade de ambos viria a perdurar até o fim do regime monárquico e Rafael inclusive o acompanhou em uma de suas viagens ao exterior.

Sua visão quanto à escravidão e a própria condição do negro no mundo moderno fora afetada por sua criação. E assim percebera, não só como apreciador da ciência, mas também como cristão e governante, o grave erro que seria manter o regime escravocrata no Brasil. Entretanto, sabia perfeitamente que seria impossível abolir a escravidão de uma forma simples e direta, pois acreditava que tal ato viria a causar uma guerra civil semelhante a que ocorreu nos EUA em 1860 e desestabilizaria irremediavelmente a economia brasileira, levando o país ao colapso.
Dessa forma, dom Pedro realizou um projeto de extinguir a escravidão por etapas, a iniciar por uma iniciativa pessoal sua, que ao ser declarado maior de idade recebeu como parte de sua herança pouco mais de quarenta escravos e mandou libertar todos.

O Imperador nunca escondeu do público a repulsa que possuía pelos traficantes de escravos e da própria escravidão. Inclusive, nem os interesses dos políticos, lavradores e proprietários de escravos pesaram de forma alguma em suas deliberações ou opiniões. Foi iniciativa sua aproveitar a crise com a Grã-Bretanha durante a década de 40 e pressionar os políticos a extinguirem de fato o tráfico de escravos, chegando a ponto de ameaçar abdicar a ter que manter o comércio. Seu esforço de revelou frutífero e em 4 de setembro de 1850 foi promulgada uma lei que tornou o tráfico ilegal.

Homem ilustrado, e particularmente apaixonado pelas inovações cientificas, Pedro II desde muito jovem foi sócio-correspondente de dezenas de instituições científicas, entre as quais o prestigiado Instituto da França.

Manteve correspondência com diversas personalidades proeminentes da época, tendo se encontrado com alguns durante suas viagens ao exterior, entre os quais Nietzsche e Emerson, além de escritores famosos, como Lewis Carrol, Júlio Verne e Victor Hugo, com quem teve um célebre encontro em Paris. Amigo de Camille Flammarion, um dos maiores astrônomos da época, empenhou-se em equipar e reorganizar o atual Observatório Nacional, que tornou-se um destacado centro de pesquisas. Sua paixão pela astronomia, a ciência preferida, valeu-lhe constantes caricaturas na imprensa brasileira, ilustrando-o acompanhado de sua luneta.

Pedro II esteve na exposição de Filadélfia, Estados Unidos, em 1876, ocasião em que Alexander Graham Bell demonstrou a sua nova invenção: o telefone. Provavelmente, Pedro II foi o primeiro brasileiro a usar um telefone. Na ocasião, ele citou o clássico de William Shakespeare em Hamlet: Ser ou não ser, para em seguida exclamar: Esta coisa fala! Consta que teve relevante participação na divulgação e no posterior financiamento do invento.

Foi o primeiro financista de Louis Pasteur, cujas pesquisas admirava, muito antes de que o cientista fosse reconhecido na França, tendo inclusive convidado-o para morar no Brasil. Apaixonado pela arqueologia, visitou as ruínas de Tróia e as pirâmides do Egito, tendo sido recebido e conduzido nessas ocasiões pelos próprios Schliemann e Mariette.

Também foi amigo e protetor do famoso neurologista Jean Charcot, cujas teorias seriam a base para a psicanálise de Freud. Charcot, inclusive, foi quem assinou seu atestado de óbito.

O imperador ajudou na industrialização do país, sendo o responsável pela introdução do trem no Brasil, através da concessão dada ao Visconde de Mauá para a construção da primeira ferrovia brasileira, a Estrada de Ferro Dom Pedro II (que após a proclamação da república foi renomeada Estrada de Ferro Central do Brasil).

Pioneiro das preocupações ecológicas, pode-se citar a ordem que deu, em 1861, para o replantio com espécies nativas da Mata Atlântica da área da Floresta da Tijuca, devastada pelo cultivo de café.

Fato pouco conhecido, financiou a primeira expedição brasileira à Antártida, em 1882, em que a corveta Parayba atingiu os arredores do estreito de Drake, com propósitos de coletar informações científicas, o que causou grande protesto da imprensa e de diversos políticos.

Foi o fundador, mantenedor e incentivador de inúmeras instituições científicas no Brasil, entre as quais se destacam, além do já citado observatório astronômico, o Instituto Baiano de Agricultura, o Instituto Agronômico de Campinas, o Museu Paraense, o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, a Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e a Escola de Minas de Ouro Preto. Critica-se o imperador pelo fato de seu apoio ter-se dado no plano do mecenato, tendo auxiliado estas instituições com seus recursos privados, sem procurar vinculá-las ao aparelho do estado, o que fez com que perdessem a continuidade com a sua deposição e somente muito mais tarde se recuperassem. Não se deve esquecer, entretanto, que tais iniciativas não tinham um segmento social que o apoiasse, diferentemente do caso dos Estados Unidos e da Europa.

Em 1870, quando acabou a guerra do Paraguai, o país novamente encontrou os conservadores nos postos mais significativos e o imperador, aos 45 anos, cansado e envelhecido, com a barba branca que lhe dava a aparência de um sexagenário. A guerra tornara ainda mais agudas as divergências políticas. Os liberais queriam a reforma da constituição e, em 1870, surgiu o Partido Republicano. O futuro marquês de São Vicente, José Antônio Pimenta Bueno, que presidia o Conselho de Ministros, considerou inconveniente o exercício de cargos públicos por republicanos, ao que D. Pedro II respondeu: "O país que se governe como entender e dê razão a quem tiver." E, ante a insistência do primeiro-ministro, arrematou: "Ora, se os brasileiros não me quiserem como imperador, irei ser professor".

Essa tolerância, no entanto, não implicava a falta ou recusa da autoridade. O imperador influía pessoalmente nas indicações para o Conselho de Estado e para o Senado, e contrariava com freqüência as intenções partidárias. Na questão religiosa de 1872, fez prender e processar os bispos D. Vital e D. Macedo Costa, que desafiaram o poder real. Após julgados e condenados pelo Supremo Tribunal de Justiça em 1875, concedeu-lhes a anistia. O imperador fez uso várias vezes do Poder Moderador, que na Carta outorgada por seu pai em 1824 constituía o monarca como um árbitro dotado de poderes arbitrários, que incluíam a escolha dos senadores vitalícios a partir de uma lista tríplice e o direito de dissolver a Câmara Baixa, o que ele decretou quando entendeu necessário. Infelizmente, se admitiu desde o final da década de 1840 um regime parlamentarista que sem dúvida liberalizou as instituições, o Imperador algumas vezes tomou sozinho a decisão de mudar o partido que governava — e as eleições que se faziam em seguida, para dar maioria ao novo gabinete, além de envolverem parte muito pequena da população, eram marcadas por fraudes sistemáticas. Dentro desses limites, assegurou ao legislativo o pleno desempenho de suas funções e à imprensa a inteira liberdade de expressão. Chegou mesmo a declarar, em seu diário, que nascera para consagrar-se "às letras e às ciências e, a ocupar posição política, preferiria a de presidente da república, ou ministro, à de imperador".

Em determinado momento seu governo entrou em conflito com os elementos mais conservadores da sociedade. Naquela época, as forças sociais mais importantes e que davam sustentação ao Império eram a aristocracia rural, formada pelos senhores de escravos, o Exército Imperial e a Igreja Católica.

As dificuldades da economia, agravadas com os gastos decorrentes da Guerra do Paraguai e, principalmente, a abolição da escravatura colocaram a aristocracia rural contra o imperador. O exército, por sua vez, buscava maior autonomia — que considerava conseqüência natural do sucesso na guerra — e estava bastante influenciado pelas idéias positivistas e republicanas

Apesar de gozar de boa imagem entre a população, Pedro II foi deposto (mas de forma pacífica e sem nenhuma espécie de participação popular) no dia 15 de Novembro de 1889, através de um golpe militar do qual fez parte o Marechal Deodoro da Fonseca, que seria mais tarde o primeiro presidente republicano brasileiro. Deixou o Brasil sem ressentimento, embora triste. Ao ser deposto e banido do País, formulou «ardentes votos por sua grandeza e prosperidade.

O ex-imperador e sua família foram exilados e mudaram-se inicialmente para Portugal (onde assistiram às exéquias do rei Luís I, falecido em 19 de Outubro de 1889, à cerimónia de aclamação de seu filho e herdeiro Carlos I, bem como à de baptismo do infante D. Manuel, Duque de Beja e filho segundo do monarca português, nascido exactamente no dia da sua deposição, e do qual viria a ser padrinho de baptizado) e a seguir para França.

Morreu em Paris no dia 5 de Dezembro de 1891 no hotel Bedford. A França Republicana lhe deu funerais régios, depositando o corpo no Panteão dos Bragança no Convento de São Vicente de Fora em Lisboa. Revogada a Lei do Banimento, em 1922, seus restos mortais foram transportados para o Brasil e repousam na Catedral de Petrópolis, cuja construção teve início sob seu patrocínio.

Em 1921, seu corpo e o de sua esposa foram transportados de Portugal para o Brasil, chegando ao Rio de janeiro em 8 de janeiro, a bordo do Encouraçado São Paulo da Marinha do Brasil, após 17 dias de viagem. Acompanharam os restos mortais, o Conde D'Eu — seu genro — marido da Princesa Isabel, D. Pedro de Orleans e Bragança — neto de D. Pedro II e o Barão de Muritiba. Em 1939, em solenidade que contou com a presença de autoridades e do presidente da época, Getúlio Vargas, o imperador e a imperatriz foram sepultados na Catedral de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, num mausoléu construído para a ocasião."
(trechos acima extraídos da WIKPEDIA)


D. Pedro era um imperador amado pelo povo, e considerado um rei sábio, mas a monarquia sem ele iria continuar sob um conde francês, o Conde D'eu, marido da Princesa Isabel, e o velho regime já não correspondia com uma sociedade que se modernizava.

A monarquia brasileira teve uma imensa importância: A figura do Imperador e o poder representado pelo Império impediu que o Brasil se transformasse em várias "republiquetas fracas", tal como a América espanhola. Os Imperadores souberam combater as revoltas regionais e manter o país unido sob seus governos.

SOBRE A NUMÁRIA; Deixo aqui as séries de valores em ouro, prata e bronze mais populares do reinado de D. Pedro II, criadas após a maior reforma monetária do Império, substituindo o sistema dos "Cruzados". O novo sistema perduraria até o início do séc. XX, sendo modificado apenas durante as crises da República.

1 - MOEDAS DE BRONZE PADRÃO;
10reisponto_zps1cb74da8.jpg
10 Réis (1/2 vintém) 1869, com ponto após o "S" de RÉIS, cunhagem de Brussels, Bélgica. 3,5 gramas, iniciais "CL" (Christian Luster) abaixo do busto.
10reis_zps22c24588.jpg
10 Réis (1/2 vintém) 1870, sem o ponto após o "S" de RÉIS, cunhagem do Rio de Janeiro. 3,5 gramas, iniciais "CL" (Cristian Luster) abaixo do busto. [/b]

Datas cunhadas:
-1868: 89.604,000 exemplares
-1869 (com ponto):
-1869 (sem ponto):
-1870:
vintem_zps23b28028.jpg
20 réis (vintém), com ponto após o "S" de RÉIS, cunhagem de Brussels, Bélgica. 7 gramas, iniciais "CL" (Cristian Luster) abaixo do busto. [/b]
Datas cunhadas:
-1868: 90.360,000 exemplares
-1869 (com ponto):
-1869 (sem ponto):
-1870:
40reis_zpsd326bd64.jpg
40 réis (2 vinténs), 12 gramas, iniciais "E.S.R.C" abaixo do busto.
Datas cunhadas:

-1873: 3.750,000 exemplares
-1874: 890.000 exemplares
-1875: 1.208,000 exemplares
-1876: 549.000 exemplares
-1877: 465.000 exemplares
-1878: 1.223.000 exemplares
-1879: 2.771,000 exemplares
-1880: 1.569.000 exemplares

Para todos os valores em cobre as legendas são:

-Reverso: valor facial e armas.
-Verso: busto, "PETRUS II. D(ei). G(ratia). IMP(erator). ET PERP(etuo). BRAS(siliae). DEF(ensor). - D. Pedro Segundo, com a graça de Deus Imperador e perpétuo defensor do Brasil.


2 - MOEDAS DE PRATA PADRÃO (Padrão coroa/2000 réis);

PRIMEIRO TIPO - DECRETO DE 1849 - RIO DE JANEIRO:
2000r1_zpsc268a703.jpg
-2000 réis; prata 0,916,6; 25,5 gramas (padrão coroa)
Datas cunhadas:
-1851: 256.000 exemplares
-1852: 277.000 exemplares
1000r1_zps0f5d1d49.jpg
-1000 réis; prata 0,916,6; 12,75 gramas
Datas cunhadas:
-1849: 965 peças (rara)
-1850: 169.000 exemplares
-1851: 99.000 exemplares
-1852: 196.000 exemplares
500r1_zpseca11b18.jpg
-500 réis; prata; 0,916,6; 6,37 gramas
Datas cunhadas:
-1848: rara
-1849: 26.000 exemplares (escassa)
-1850: 67.000 exemplares
-1851: 95.000 exemplares
-1852: 167.000 exemplares

SEGUNDO TIPO - MESMO DECRETO ANTERIOR
2000r2_zps84e47de7.jpg
-2000 réis; prata 0,916,6; 25,5 gramas (padrão coroa).
Datas cunhadas:
-1853: 145.000 exemplares
-1854: 86.000 exemplares
-1855: 300.000 exemplares
-1856: 229.000 exemplares
-1857: 105.000 exemplares
-1858: 22.000 exemplares
-1859: 41.000 exemplares
-1863:
-1864:
-1865:
-1866: (muito escassa)
-1867: (muito escassa)
1000r2_zpseb640145.jpg
-1000 réis; prata, 0,916,6; 12,75 gramas.
Datas cunhadas:
-1853: 266.000 exemplares
-1854: 228.000 exemplares
-1855: 312.000 exemplares
-1856: 426.000 exemplares
-1857: 512.000 exemplares
-1858: 430.000 exemplares
-1859: 996.000 exemplares
-1860: 387.000 exemplares
-1861:
-1862:
-1863:
-1864:
-1865:
-1866:
500r2_zps9947978d.jpg
-500 réis; prata 0,916,6; 6,37 gramas.
Datas cunhadas:
-1853: 241.000 exemplares
-1854: 317.000 exemplares
-1855: 212.000 exemplares
-1856: 426.000 exemplares
-1857: 265.000 exemplares
-1858: 791.000 exemplares
-1859: 996.000 exemplares
-1860: 387.000 exemplares
-1861:
-1862:
-1863:
-1864:
-1865:
-1866:
-1867:
200r2_zps883fa41e.jpg
-200 réis; prata, 0,916,6; 2,55 gramas.
Datas cunhadas:

-1854: 37.000 exemplares
-1855: 228.000 exemplares
-1856: 103.000 exemplares
-1857: 128.000 exemplares
-1858: 245.000 exemplares
-1859: 152.000 exemplares
-1860: 28.000 exemplares
-1861:
-1862:
-1863:
-1864:
-1865:
-1866:
-1867:

TERCEIRO TIPO (Busto, sem legenda no reverso e com o nome do gravador (Christian Luster) - "Luster F(ecit - fez)" e "CL" abaixo da cabeça)- DECRETO 3.966 DE 30/09/1867, Redução no teor da prata e no peso (1868/1869). DECRETO 1.817/1870 determina a volta ao antigo peso e teor das moedas de prata (1875/76)
2000reisba_zps5bb3918d.jpg
-2000 réis; nome do gravador "LUSTER F" abaixo da cabeça;
Datas cunhadas:
-1868:(prata 0,900; 25 gramas)
-1869:(prata 0,900; 25 gramas)
-1875 (prata 0,916,6; 25,5 gramas) :
-1876 (prata 0,916,6; 25,5 gramas). : (escassa)

p69.jpg
-1000 réis; nome do gravador "LUSTER F" abaixo da cabeça; prata, 0,900; 12,5 gramas.
Datas cunhadas:
-1869

500reisba_zpsb29d7fb3.jpg
-500 réis; legenda "CL" (Cristian Luster) embaixo do busto; prata, 0,835; 6,25 gramas.
Datas cunhadas:
-1867
-1868
200reisba_zps09a861b0.jpg
-200 réis; iniciais "CL" (Cristian Luster) embaixo do busto; prata, 0,835; 2,50 gramas
Datas cunhadas:
-1867
-1868
-1869 (a mais escassa entre 3 datas)

QUARTO TIPO (Tipos do Busto, com a legenda "DECRETO DE 1870" (atestando o bom peso e teor) no reverso, sem as iniciais do gravador abaixo da cabeça)
2000reisbb_zpsd7076061.jpg
-2000 réis; prata; 0,917; 25,5 gramas (padrão coroa)
Datas cunhadas:
-1886: 1.190 exemplares (muito escassa)
-1887: 43.000 exemplares
-1888: 906.000 exemplares
-1889:
1000reisbb_zps9035b6f1.jpg
-1000 réis; prata; 0,916,6; 12,75 gramas
Datas cunhadas:
-1876: 8.659,000 exemplares
-1877: 194.000 exemplares
-1878: 47.000 exemplares
-1879: 35.000 exemplares
-1880: 20.000 exemplares
-1881: 20.000 exemplares
-1882: 18.000 exemplares
-1883: 31.000 exemplares
-1884: 5.360 exemplares
-1885: 11.000 exemplares
-1886: 48.000 exemplares
-1887: 9.875 exemplares
-1888: 100.000 exemplares
-1889:
500reisbb_zps7229cbaa.jpg
-500 réis; prata; 0,916,6; 6,37 gramas.
Datas cunhadas:
-1876: 76.000 exemplares
-1886: 5.283 exemplares (escassa)
-1887: 768 exemplares (rara)
-1888: 333.000 exemplares
-1889: 278.000 exemplares


-Para os primeiro e segundo tipos, as legendas são;

No reverso: PETRUS II.D.G.CONST.IMP.ET.PERP.BRAS.DEF - D. Pedro II, com a graça de Deus imperador constitucional e perpétuo defensor do Brasil, e o valor facial.
No verso: As armas do Império (onde vemos a esfera armilar de D. Manuel e a Cruz da Ordem de Cristo), e a inscrição "IN HOC SIGNO VINCES" - Sob este signo vencerás.

-Para o terceiro tipo as legendas são
:

No reverso : As armas do Império (onde vemos a esfera armilar de D. Manuel e a Cruz da Ordem de Cristo) e o valor facial.
No verso : O Busto do Imperador e a insc. "PETRUS II.D.G.C.IMP.ET.PERP.BRAS.DEF " - D. Pedro II, com a graça de Deus imperador constitucional e perpétuo defensor do Brasil.

-Para o quarto tipo as legendas são:

No reverso : As armas do Império (onde vemos a esfera armilar de D. Manuel e a Cruz da Ordem de Cristo), valor facial e a insc. "DECRETO DE 1870".
No verso : O Busto do Imperador e a insc. "PETRUS II.D.G.C.IMP.ET.PERP.BRAS.DEF " - D. Pedro II, com a graça de Deus imperador constitucional e perpétuo defensor do Brasil.

3 - MOEDAS PADRÃO EM OURO;


PRIMEIRO TIPO;

10000REIS_zpsacd7cd42.jpg
10.000 Réis; 8,96 gramas; ouro 0,917; busto em trajes da corte (conhecida como "papo de tucano" no Brasil)
Datas cunhadas:
-1849: 1.678 exemplares
-1850: 7.359 exemplares
-1851: 11.000 exemplares
20000REIS_zps1937bf77.jpg
20.000 Réis; 17,92 gramas; ouro 0,917; busto em trajes da corte (conhecida como "papo de tucano" no Brasil)[/b]
(foto retirada da internet)

Datas cunhadas:
-1849: 6.464 exemplares
-1850: 42.000 exemplares
-1851: 303.000 exemplares

SEGUNDO TIPO;
20000ra_zps9e4dd3f0 (1).jpg
20.000 réis; 17,92 gramas; ouro 0,917.
Datas cunhadas:
-1851:
-1852: 186.000 exemplares

TERCEIRO TIPO (Busto Largo);
20000r_zps98df1faa.jpg
20.000 réis; 17,92 gramas; ouro 0,917.
Datas cunhadas:
-1853: 246.000 exemplares
-1854: 26.000 exemplares
-1855: 48.000 exemplares
-1856: 262.000 exemplares
-1857: 315.000 exemplares
-1858: 32.000 exemplares
-1859: 47.000 exemplares
-1860:
-1861:
-1862:
-1863:
-1864:
-1865:
-1866:
-1867:
-1889:
10000r_zpsd0b35340.jpg
10.000 Réis; ouro 0,917; 8.96 gramas.

-1853: 40.000 exemplares
-1854: 163.000 exemplares
-1855: 41.000 exemplares
-1856: 208.000 exemplares
-1857: 98.000 exemplares
-1858: 55.000 exemplares
-1859: 16.000 exemplares
-1861:
-1863:
-1865:
-1866:
-1867:
-1871:
-1872:
-1873:
-1874:
-1875:
-1876: 20.000 exemplares
-1877: 3.441.000 exemplares
-1878: 10.000 exemplares
-1879: 6.431 exemplares
-1880: 9.806 exemplares
-1882: 4.671 exemplares
-1883: 10.000 exemplares
-1884: 11.000 exemplares
-1885: 7.955 exemplares
-1886: 3.782 exemplares
-1887: 1.180 exemplares
-1888: 5.359 exemplares
-1889:
5000r_zps1c276372.jpg
5.000 réis; ouro 0,917; 4,48 gramas.
Datas cunhadas:
-1854: 21.000 exemplares
-1855: 47.000 exemplares
-1856: 27.000 exemplares
-1857: 4,631 exemplares
-1858: 1,146 exemplares
-1859: 496 exemplares (rara)

Para todos os valores em ouro as legendas são:

-Reverso: armas, "IN HOC SIGNO VINCES" - Sob este signo vencerás.
-Verso: busto, "PETRUS II. D(ei). G(ratia). IMP(erator). ET PERP(etuo). BRAS(siliae). DEF(ensor). - D. Pedro Segundo, com a graça de Deus Imperador e perpétuo defensor do Brasil.


*Curiosidade: As armas do Brasil Império mantiveram o velho símbolo colonial português da esfera armilar sobreposta à Cruz da Ordem de Cristo. A casa reinante aqui também era a dos Bragança, e decidiu-se manter o símbolo que indicava a origem do novo reino que surgia.

Em 1993, houve no Brasil um plebiscito, onde os cidadãos puderam escolher entre a forma republicana de governo ou a monarquia parlamentarista (com a volta da familia real de Bragança ao poder). Venceu com certa folga o Regime republicano, com a manutenção do sistema presidencialista, sendo rejeitado também o parlamentarismo.

Com esse plebiscito praticamente acabaram-se as chances do Brasil voltar a ser uma monarquia. A família real dos Bragança no Brasil dividem-se em dois ramos: O de Petrópolis e o de Vassouras (o mais conservador).
Não tem Permissão para ver os ficheiros anexados nesta mensagem.


http://www.megaleiloes.com/leiloes.php? ... liveirarod ML - http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_14426169
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thiagomandrade
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#2 Mensagem por thiagomandrade » segunda jun 09, 2008 10:19 pm

Ótimo tópico, parabéns. Bem ilustrativo e informativo.
Última edição por thiagomandrade em sexta jun 13, 2008 12:26 am, editado 1 vez no total.
Thiago Andrade

lucirlando
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Re: Moedas do Império do Brasil - D. Pedro II

#3 Mensagem por lucirlando » quarta jun 11, 2008 11:56 am

Olá pessoal!

Foi uma ideía otima essa de se fazer um topico exclusivo para a numismatica brasileira, como já é percebido existem usuarios desse forum que são brasileiros (eu por exemplo) que já estava precisando mesmo de umas aulas como essa que nos foi dado por Doliveirarod (Fabiano), que com o modesto comentário, para mim aparece com um otimo professor.


Muito bom, fico atendo e a espera da proxima aula.

:biggthumpup: :lol:

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jcmalheiro
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Re: Moedas do Império do Brasil - D. Pedro II

#4 Mensagem por jcmalheiro » quarta jun 11, 2008 12:51 pm

Caro, doliveiraod
O amigo tem sido inexcedível em nos trazer informados sobre a história da moeda brasileira.
Sendo este um Fórum de origem portuguesa, o trabalho que tem vindo a desenvolver é necessário para todos os brasileiros e portugueses e os demais interessados na moeda brasileira, espalhados em todo o mundo. Com o devido proveito, em termos de imagem, para o Fórum Numismático.
Um muito obrigado!
E, ficamos à espera da próxima “aula”.

Saudações,
Malheiro

gianmo
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#5 Mensagem por gianmo » quinta jul 31, 2008 12:22 am

possu uma moeda dessas de 1963

Downsbr
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#6 Mensagem por Downsbr » quinta jul 31, 2008 6:40 am

Saudações doliveirarod,
achei fantástica a abordagem do assunto.
Aliás, pelo o que eu já lí de artigos seus, este é mais um daqueles que não deveriam nunca serem removidos.

A Paz!

Abraços,
André

Alberto Paashaus
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#7 Mensagem por Alberto Paashaus » quinta mar 19, 2009 9:25 am

:claps: :claps: :claps: :claps: :claps:

Deveria estar no inamovível!
Ajudem-me a recuperar minhas moedas furtadas por algum funcionário dos vergonhosos e mal administrados Correios do Brasil. Agradeço!

Link para as moedas:

viewtopic.php?f=51&t=42341


Alberto Paashaus

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#8 Mensagem por doliveirarod » sexta mar 20, 2009 1:30 am

Ok.
Depois vou pôr as de cobre, e dar uma ampliada como puder.
:green:
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H.Arraes
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Re: Moedas do Império do Brasil - D. Pedro II

#9 Mensagem por H.Arraes » segunda ago 10, 2009 9:52 pm

Olá amigo doliveirarod! dessa moedas de 500 e de 1000 reis de D. Pedro! quais as datas mais raras ou mais valiosas? Pois estou a comprar para minha coleção com um ourives! E não tenho essas informações! Grato pela atenção!!!

Gabriela Dombrowski
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#10 Mensagem por Gabriela Dombrowski » sexta out 23, 2009 10:48 pm

Eu tenho uma com D. Pedro II de cobre ano de 1869, 20 réis. Está um tanto desgastada, fico pensando por quantas mãos ela já passou! hahaha

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