100% de acordo contigo amigo Iuri, já agora consegues ver o Peixe, a águia de duas cabeças ou o cordeiro??numisiuris Escreveu:fernanrei Escreveu:passar a mensagem
Cambada de malucos!!!! O Aronofsky, na medíocre versão que fez da história do Noé, passou uma bela de uma mensagem!
São giros os anéis!
Anel
Re: Anel
"Quod erat demonstrandum"
- numisiuris
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Também estou de acordo! Embora não veja lá nada disso. Quererá isso dizer que a loucura existe desde tempos imemoriais? No entanto, após cuidada observação e esmerosa circunvalação do objecto, por via das empolgantes saliências das frontes, reparo agora, com bastante acuidade e atenção, na estilização simbólica do fulminante olho de Mordor e no afluente chamamento do sagrado palito de Lavacolhos, guardado pelos Titãns dos Buxinos nas grutas da Panasqueira, até que algum ser de sensibilidade acutilante a ele se entregue!
Re:
já vi que nas férias vais para a serra do Açor pôr em dia a leitura Mitológicanumisiuris Escreveu:Também estou de acordo! Embora não veja lá nada disso. Quererá isso dizer que a loucura existe desde tempos imemoriais? No entanto, após cuidada observação e esmerosa circunvalação do objecto, por via das empolgantes saliências das frontes, reparo agora, com bastante acuidade e atenção, na estilização simbólica do fulminante olho de Mordor e no afluente chamamento do sagrado palito de Lavacolhos, guardado pelos Titãns dos Buxinos nas grutas da Panasqueira, até que algum ser de sensibilidade acutilante a ele se entregue!
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Re: Anel
Gosto mais de vales que de serras!
Re: Anel
O primeiro anel é um sinete para lacrar documentos. Tem a cruz e um anagrama do nome do portador (seria um funcinário religioso) YVAN, João (Ioan ou Ivan). Foi com essa premissa, de estar em caracteres latinos, que li como um anagrama visigótico, e não bizantino (que deveria estar em grego).fernanrei Escreveu:Por mim é um anel Bizantino, a cruz parece-me ser a referente a esse império e a simbologia tem muito a ver com a forma encriptada de passar a mensagem, muito comum no império romano do oriente. Além das imagens típicas da azulejaria e dos frescos das igrejas, as figuras geométricas eram muito comuns nas jóias usadas pelos habitantes de Bizâncio (Constantinopla )
A questão de ter sido encontrado em conjunto com material mais recente (dinheiros e o anel com a cruz de Malta), compromete a cronologia, daí poder ser bizantino.
O problema com estes achados, é que não temos contexto, logo não temos significado. Por exemplo, a versão germânica do nome João, a que passou para a cristianização dos eslavos, é precisamente Ivan. Há referências godas a clérigos com esse nome na Península Ibérica, como o célebre João de Santarém. Mas, lá está, sem contexto, não há leitura.
[edit] o anagrama está, como é evidente, em negativo
MCarvalho
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Re: Anel
Caro ilustre, não há dúvidas que é um anel personalizado pelas razões que refere e que de facto teria a função que também enumera por ser evidente dado a forma como está feita a gravura, mas temos estado a discutir o tema de forma descontraída porque este tipo de assunto para ser sério, requer mais estudo e muitas mais confirmações. A única convicção que tenho é de ser Bizantino e ter estado ligado a alguém com importância religiosa.MCarvalho Escreveu:O primeiro anel é um sinete para lacrar documentos. Tem a cruz e um anagrama do nome do portador (seria um funcinário religioso) YVAN, João (Ioan ou Ivan). Foi com essa premissa, de estar em caracteres latinos, que li como um anagrama visigótico, e não bizantino (que deveria estar em grego).fernanrei Escreveu:Por mim é um anel Bizantino, a cruz parece-me ser a referente a esse império e a simbologia tem muito a ver com a forma encriptada de passar a mensagem, muito comum no império romano do oriente. Além das imagens típicas da azulejaria e dos frescos das igrejas, as figuras geométricas eram muito comuns nas jóias usadas pelos habitantes de Bizâncio (Constantinopla )
A questão de ter sido encontrado em conjunto com material mais recente (dinheiros e o anel com a cruz de Malta), compromete a cronologia, daí poder ser bizantino.
O problema com estes achados, é que não temos contexto, logo não temos significado. Por exemplo, a versão germânica do nome João, a que passou para a cristianização dos eslavos, é precisamente Ivan. Há referências godas a clérigos com esse nome na Península Ibérica, como o célebre João de Santarém. Mas, lá está, sem contexto, não há leitura.
[edit] o anagrama está, como é evidente, em negativo
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Re: Anel
Apesar de ainda não ter participado no tópico, tenho-o seguido com atenção.
Pessoalmente tenho mais dúvidas do que certezas, mas seguindo o raciocínio do Mário no facto de o anagrama apresentar caracteres latinos e também pela presença bizantina ser residual em Portugal (para além de algumas trocas comerciais nas zonas costeiras, talvez uma parte do algarve tenha sido ocupada no tempo de Justiniano I) leva-me a crer que o mesmo não será Bizantino.
Mas já agora, para os que defendem que será Bizantino com tantas certezas balizam o anel em que período? É que o império bizantino durou cerca de 1000 anos !!!!!!
Depois temos o facto de os símbolos cristãos como esta cruz serem usados desde o Imperador Constantino no império Romano.
Pessoalmente até não me admiraria que o anel fosse de um período medieval posterior à ocupação visigótica (altura da reconquista).
Se tivéssemos mais dados sobre o achado seria mais fácil tirar ilações, de qualquer das formas vou pesquisar um pouco e se chegar a uma conclusão mais pertinente aviso.
Pessoalmente tenho mais dúvidas do que certezas, mas seguindo o raciocínio do Mário no facto de o anagrama apresentar caracteres latinos e também pela presença bizantina ser residual em Portugal (para além de algumas trocas comerciais nas zonas costeiras, talvez uma parte do algarve tenha sido ocupada no tempo de Justiniano I) leva-me a crer que o mesmo não será Bizantino.
Mas já agora, para os que defendem que será Bizantino com tantas certezas balizam o anel em que período? É que o império bizantino durou cerca de 1000 anos !!!!!!
Depois temos o facto de os símbolos cristãos como esta cruz serem usados desde o Imperador Constantino no império Romano.
Pessoalmente até não me admiraria que o anel fosse de um período medieval posterior à ocupação visigótica (altura da reconquista).
Se tivéssemos mais dados sobre o achado seria mais fácil tirar ilações, de qualquer das formas vou pesquisar um pouco e se chegar a uma conclusão mais pertinente aviso.
Re: Anel
Caro ilustre, concordo com o seu raciocínio e passo a descrever o meu, para que compreenda melhor o que digo. Ora bem, a palavra "Bizantino" foi criada pelos historiadores do século XVII para diferenciar/separar a idade média da antiguidade relativamente ao império Romano, o que com certeza absoluta, complica a associação cronológica de qualquer facto relatado antes disso, mas com tantos dados já conhecidos em relação a essa sociedade por vezes consegue-se decifrar através da associação e confrontação de factos, determinada informação contida em artefactos encontrados em Portugal. O império Bizantino à partida foi fundado por Constantino quando decide mudar a capital do império romano para Constantinopla em 390 DC. Este imperador já tinha construído esta nova cidade sobre a antiga cidade Grega de Bizâncio em 330 DC e de uma forma muito natural e consequente atribuído um nome em sua Honra, o que me leva crer que este projecto começou muito cedo e a sociedade constituinte de certo articulada de forma muito cuidada e precisa, tendo com certeza por base a organização hierárquica Romana. A mim fica claro que o Latim começa por ser a língua oficial e a Religião cristã mantém o monopólio teológico social emergente, usando todos os mecanismos possíveis para marcar terreno. É Sabido que heraclio durante a sua dinastia (610-641DC) faz do grego a língua oficial, então, a meu ver o anel terá que ter uma origem anterior , digamos que podemos abrir uma janela temporal de 330 dc até 610 dc, mas continua a ser uma referência cronológica muito grande e não dá para atribuir uma referência racional. No entanto, Justiniano (527-565 dc) o imperador mais próspero e eficaz, retoma relações pacíficas com os Persas e retoma o norte de áfrica, a Itália e a Península Ibérica. Este imperador era muito rigoroso e a organização social sai reforçada pelo sistema Hierárquico típico romano, Primeiro o imperador e a sua família, de seguida os assessores políticos do imperador e logo de seguida o alto clero. Se alguma destas classes tivesse que sair do centro do império para doutrinar os aspectos basilares da composição social quem seria? Não creio que este imperador quisesse continuar a usar o sistema que destruiu o império do Ocidente, pelo que deve ter optado por enviar o alto clero com todos os apetrechos necessários. A meu ver caro ilustre, este anel foi de um alto clero e chegou a Portugal por altura da dinastia Justinianapmborges Escreveu:Apesar de ainda não ter participado no tópico, tenho-o seguido com atenção.
Pessoalmente tenho mais dúvidas do que certezas, mas seguindo o raciocínio do Mário no facto de o anagrama apresentar caracteres latinos e também pela presença bizantina ser residual em Portugal (para além de algumas trocas comerciais nas zonas costeiras, talvez uma parte do algarve tenha sido ocupada no tempo de Justiniano I) leva-me a crer que o mesmo não será Bizantino.
Mas já agora, para os que defendem que será Bizantino com tantas certezas balizam o anel em que período? É que o império bizantino durou cerca de 1000 anos !!!!!!
Depois temos o facto de os símbolos cristãos como esta cruz serem usados desde o Imperador Constantino no império Romano.
Pessoalmente até não me admiraria que o anel fosse de um período medieval posterior à ocupação visigótica (altura da reconquista).
Se tivéssemos mais dados sobre o achado seria mais fácil tirar ilações, de qualquer das formas vou pesquisar um pouco e se chegar a uma conclusão mais pertinente aviso.
"Quod erat demonstrandum"