fernanrei Escreveu:
pmborges Escreveu:
Não querendo ser desmancha prazeres, não percebo bem como é que isto é noticia ... se ainda fosse nalgum sitio inédito agora em Conimbriga!!!
Estamos a falar de uma moeda relativamente comum encontrada num sitio onde circularam milhares de moedas ao longo dos tempos.
Que tem esta moeda de diferente das centenas ou milhares que lá encontraram? nem a nível de antiguidade é a mais antiga de certeza.
A única diferença que vejo é ao contrário do habitual ter sido uma empresa privada a dirigir ali escavações.
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O caro ilustre não está a ser desmancha prazeres, mas por pensar em tanta coisa ao mesmo tempo acabou por passar ao lado da essência do tópico. Se leu a notícia, sabe que não foram publicadas fotos da moeda e eu quero crer que o quinário genuíno de prata não seja assim tão comum, até porque deixou de circular entre 80, 90 dc ou talvez no final do alto Império quando Aureliano os passou a cunhar em Bronze. Não sei se o senhor conhece o Dr. Pedro Peça, o senhor Miguel Pessoa, a senhora Maria do Rosário Amado, o senhor Carlos Lapa ou o senhor Pedro Sales, mas meter em causa o excelente trabalho que estão a fazer é um pouco deselegante. Não quero com isto dizer que não deve criticar, mas julgo importante recolher mais informação antes de "atirar a matar"

. " Esta foi a primeira vez que “uma equipa independente realizou escavações” na zona daquela cidade romana em ruínas, no âmbito das ações do Movimento para a Promoção da Candidatura de Conímbriga a Património Mundial junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), “com a finalidade de virem a ser enriquecidas as coleções” do Museu PO.RO.S, criado pela Câmara de Condeixa."
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... iga-354286. Acredito que só por isto já é notícia, quanto mais se surgir à tona espólio arqueológico perdido no tempo e importante para enriquecer o acervo museológico da Região, independentemente de ser vulgar ou inédito, o importante é estar verdadeiramente ligado ao local e disponível para apreciação. Acredito que a sua maturidade intelectual aceite a minha crítica, caso contrário, peço desculpa e apelo ao seu bom senso para não julgar mal a minha intenção caro ilustre.

Esteja descansado que não levo a mal o que diz, quem acompanha os seus posts no forum percebe qual é o seu tipo de postura.
Possivelmente poderei-me ter expresso mal.
A minha critica não era para o trabalho desenvolvido por esta equipa mas sim ao titulo da noticia e à maneira como é dada.
Quanto à moeda em si, existe aqui alguma confusão ... ou bem que a moeda é um victoriato ou é um quinário.
Penso que a confusão se dá por terem reversos parecidos mas são coisas com datações, pesos e anversos diferentes.
A dar como verdadeira a data de cunhagem (97 AC) acredito que seja um quinário da familia Egnatuleia com a tal vitória no reverso.
Do ponto de vista de raridade é uma moeda relativamente comum.
E quanto a moedas deste período e até mesmo mais antigas basta consultar a obra do Dr. Rui Centeno em que estuda a circulação da moeda romana no Noroeste da Hispania ate ao ano 192 para perceber que é normal o aparecimento de moedas do período republicano em sitios romanizados que anteriormente eram ocupados na idade do ferro.
O que eu critico é o sensacionalismo destes titulos, que torna o fundamental da noticia em acessório e o acessório em titulo sonante.
Quem for leigo e for ler a noticia, o que retira é que houve um achado de uma moeda com dois mil anos em coninbriga.
É óbvio que não quero por em causa o trabalho realizado pelos arqueologos, os quais na sua maioria respeito e com quem já aprendi várias coisas na área da arqueologia e história.
Espero ter esclarecido melhor o meu ponto de vista