D. João III Cruzados ouro
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- Reinado D.Afonso II
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D. João III Cruzados ouro
https://www.ebay.com/usr/jose1967almeida
https://megaleiloes.pt/Josephus1967/loja
https://www.delcampe.net/es/coleccionis ... 967almeida
https://www.facebook.com/jose.almeida.10
Compro moedas, medalhas, notas, postais, etc . TMV 914127863
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- Reinado D.João VI
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Re: D. João III Cruzados ouro
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- Reinado D.Afonso II
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Re: D. João III Cruzados ouro
Não estou de acordo quanto ao ECJosé Almeida Escreveu: ↑sábado fev 29, 2020 10:48 pmPara apreciação:
D. João III
Cruzado Calvário Ouro MBC+
Cruzado L R Ouro MBC Escasso
Para mim estão ambas Soberbas
Cumprimentos
AMISTADE
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- numisiuris
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Re: D. João III Cruzados ouro
Estão lindas as moedas. Concordo com o grade atribuído pelo autor do post. Estas são as tais moedas que, de acordo com "um novo mercado", não dão para certificar, porque eles não lhes atribuem o au na NGC. Depois ficam desvalorizadas e têm que ser vendidas "fora da caixa", ainda que quem compre possa sempre estar sugestionado com a ilusão de mais-valias. Acho uma pena. E acho uma pena todo o incentivo que se tem dado a esse "novo mercado". Estas são moedas lindas!!! Muito mais bonitas do que uma série de monos encaixotados que por aí andam. Parabéns!
Re: D. João III Cruzados ouro
Não conhecia o EC "lindas" ... mas concordo : as moedas são lindas
O que é o "novo mercado" , e ja agora, o que é o "velho mercado" ?
O que é o "novo mercado" , e ja agora, o que é o "velho mercado" ?
Pensamento Livre
- numisiuris
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Re: D. João III Cruzados ouro
O velho mercado, era o mercado dos coleccionadores. Estava misturado com alguma obsessividade, facto que se agravou com a paternidade do coleccionismo por legenda delineado por Ferraro Vaz. Há uns tempos, falava-me o Dr. Baguinho de uma colecção incrível que lá lhe aparecera. Tinha o Por, o Port, o portv, o portvg, o portvga e o portvgal em todos os tipos. Era frequente. Os coleccionadores compravam os catálogos e procuravam ter uma de cada. O máximo de cada. depois havia ainda reminiscências de um plano nacional de educação que privilegiava o ensino da história. e esse misto entre obsessividade e cultura, fazia qualquer coisa. Havia muitos coleccionadores avançados. Surgiu uma geração que fez estudos. Uma casa leiloeira que discriminava moedas restauradas e que condenava o restauro nos escritos dos seus catálogos de leilões.
O Novo mercado tem uma origem que se chama crise. Com ela aparecem as "novas falsificações". E, com estas, aparecem as certificadoras. Aqui há uns tempos dizia-me o Eng. Magro que "o problema disto tudo é que quem percebia de moedas morreu ou estava a morrer. E que o que fica é isto." Só que mercado é mercado. E o mercado não morre nunca. Portanto, no novo mercado, a moeda fora da caixa é uma incógnita, dentro da caixa já não. O vendedor, perante este "novo mercado", pode adoptar "a nova estratégia". Certificar custa 20-30 euros, dependendo do modo de envio (que no novo mercado também há concorrência). Só que depois, a moeda "fora da caixa" vale x. E "dentro da caixa" já pode valer Y. Se é o vendedor a pôr na caixa, por exemplo, vale 1000. Mas antes da caixa vale 500. Logo, pode-se vender já por 700, que assim o comprador corre só um pouco de risco em meter na caixa. Mas se for o vendedor a meter na caixa, atenção, porque aí já custa mil. E há sempre o risco de qualquer um deles meter na caixa e a caixa vir bera. O pessoal gosta das caixas ms. Se for manual, gosta de caixas au. Uma série de alterações ao que queria Ferraro Vaz. Agora já não é portvg, nem portvga. Agora é ms e xf. Depois com números no meio. O "novo mercado" não colecciona. Nem sabe bem o que isso é porque isso eram coisas que sabia o antigo mercado e o antigo mercado morreu ou está a morrer. O "novo mercado" é progressista. Desvincula o objecto da sua significação. Objectifica-o. É arrojado. Fresco. Célere. Fácil. Não há cá catálogos nem livros. É só olhar para o código. Compre fora da caixa e tenha a mais valia você. Dividimos a meias. Paga só mais um bocadinho agora. Vai ver que compensa. Quando alguém vender não sabe quanto custou. Tudo imperativos categóricos do novo mercado. Ou então, versão alternativa. "Olhe que está na caixa. Na caixa é que elas valem. Depois vai aos estados unidos vendê-las e é só ver o cesto de pipocas a estalar.". Arranja-se de tudo. Sobretudo se necessário for no novo mercado transaccionar dinheiro. Há uma série de coisas que eu não sei do "novo mercado". Não sei, nem quero saber. Mas isto que sei, sei. É assim o "novo mercado". Seja. Ele há-de continuar por aí. Eu só quero é continuar a poder ter o direito de dizer que não gosto dele. Sempre justificadamente.
Re: D. João III Cruzados ouro
Caro Numisiuris,
Muito obrigado ; é sempre triste constatar as coisas boas do velho mundo que se perdem sobretudo para quem conheceu essa realidade , a confronta com a actual e sobretudo, consegue antever o que se vai passar no futuro.
A numismatica assim como outras , como por exemplo, a coleção de arte ou de carros classicos, era algo que estava ao alcance de muito poucos : os que tinham capacidade financeira e ao mesmo tempo a sensibilidade e um real interesse historico. Com a emergencia de uma classe de pessoas mais afortunadas e que acha que " não basta ser a mulher de César, é preciso parecê-lo" (ou qualquer coisa do género) é visivel o interesse redobrado em tudo o que diz respeito ao "consumo de cultura", mesmo se este consumidor não percebe nada (nem quer perceber) daquilo que tem em casa.
Cordialemente,
Muito obrigado ; é sempre triste constatar as coisas boas do velho mundo que se perdem sobretudo para quem conheceu essa realidade , a confronta com a actual e sobretudo, consegue antever o que se vai passar no futuro.
A numismatica assim como outras , como por exemplo, a coleção de arte ou de carros classicos, era algo que estava ao alcance de muito poucos : os que tinham capacidade financeira e ao mesmo tempo a sensibilidade e um real interesse historico. Com a emergencia de uma classe de pessoas mais afortunadas e que acha que " não basta ser a mulher de César, é preciso parecê-lo" (ou qualquer coisa do género) é visivel o interesse redobrado em tudo o que diz respeito ao "consumo de cultura", mesmo se este consumidor não percebe nada (nem quer perceber) daquilo que tem em casa.
Cordialemente,
Pensamento Livre
- numisiuris
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Re: D. João III Cruzados ouro
Não vejo as coisas nesses termos. Em psicologia existe um fenómeno chamado "pensamento grupal". Na numismática ele é transmitido "boca a boca". Como nas aldeias. Pensar que existe dirigismo nesse pensamento grupal seria um delírio. Cada um espalha a sua fé. E cada um vai à igreja que quiser. Eu, nas moedas, raramente vou a igrejas. E quando lá entro, nas igrejas da numismática, não me benzo. Nem nunca vou benzer. Até lhes posso fazer um malabarismo que pareça o sinal da cruz. Mas estejam atentos que não passa de malabarismo. É frontal. Bom domingo!Pedro Leg Escreveu: ↑domingo mar 01, 2020 6:26 pmCaro Numisiuris,
Muito obrigado ; é sempre triste constatar as coisas boas do velho mundo que se perdem sobretudo para quem conheceu essa realidade , a confronta com a actual e sobretudo, consegue antever o que se vai passar no futuro.
A numismatica assim como outras , como por exemplo, a coleção de arte ou de carros classicos, era algo que estava ao alcance de muito poucos : os que tinham capacidade financeira e ao mesmo tempo a sensibilidade e um real interesse historico. Com a emergencia de uma classe de pessoas mais afortunadas e que acha que " não basta ser a mulher de César, é preciso parecê-lo" (ou qualquer coisa do género) é visivel o interesse redobrado em tudo o que diz respeito ao "consumo de cultura", mesmo se este consumidor não percebe nada (nem quer perceber) daquilo que tem em casa.
Cordialemente,
Re: D. João III Cruzados ouro
Uma dupla fantástica de excelentes moedas. No cruzado (L R) fico tentado a elevar o estado de conservação, mas dou o benefício da dúvida ao proprietário, uma vez que teve o privilégio de fazer a avaliação em mão.
"Quod erat demonstrandum"