As emissões de notas portuguesas que circularam em Timor

[SANCHO]

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Pedro José Pereira



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Gil Abílio do Carmo - Não assinou cédulas nem notas

[tm1950]

Isto está-se a compor. Já recolhi a informação, mas não actualizei o quadro porque dá um certo trabalho para ficar em jpeg.
O tópico é mais de Macau do que Timor, vamos levando os dois territórios ao mesmo tempo.

[Monge]

Amigo Celso,
Se me mandar em mensagem privada o seu E-Mail envio-lhe cópia de todos os Boletins de Timor que me serviram de base à compilação dos gerentes.
Um abraço
Monge

[tm1950]

Graças ao amigo Monge, tive acesso a alguns balancetes da agência do BNU, em Timor.
O mais antigo é relativo a 30 de Junho de 1922.
Nele é feita referência a "notas para emisão", no valor de 1.517.682,00 patacas (julgo serem patacas, porque a pataca era a moeda oficial)
Ora a chamada "Emissão Simples", em circulação, totalizou 1.350.000 patacas (500.000x1 + 50.000x5 + 20.000x10 + 20.000x20).
Segundo António Calheiros, de Macau, em 1913, podem ter ido notas no valor de 195.000 patacas (10.000x1 + 6.000x10 + 5.000x25).
Total do valor destas notas: 1.350.000 + 195.000 = 1.545.000 patacas
Atendendo a que não é conhecida outra emissão de notas para Timor, até 1922, é claro para mim que houve notas de Macau que circularam em Timor, no período de 1912/1922.
Continuamos com o problema dos carimbos por explicar, mas em face do balancete creio que se pode concluir que houve notas de Macau que foram emitidas e postas a circular pela agência do BNU de Timor.

[SANCHO]

Esta assinatura é de Guilherme de Menezes.
Pelo Nº deve ter sido o primeiro a assinar as de 20 pat.



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[SANCHO]

Alguém sabe o que inclui a rúbrica "Notas para emissão" ?
Só as notas em circulação ou também as autorizadas e ainda não postas a circular?
Acho que estas últimas não pedem estar em "Caixa".

[tm1950]

Alguém sabe o que inclui a rúbrica "Notas para emissão" ?
Só as notas em circulação ou também as autorizadas e ainda não postas a circular?
Acho que estas últimas não pedem estar em "Caixa".

A expressão "Notas para emissão" é um pouco dúbia. Interpreto-a como sendo o conjunto de notas pelo qual a agência é responsável, incluindo as já emitidas, as inutilizadas e as que estão em caixa. Mas, não sei se será assim.

O balancete seguinte de que disponho é relativo a 31Out1928, assinado por Montalvão e Silva, e é semelhante neste particular.

Já os balancetes de Agosto e Setembro de 1933 têm outra apresentação da existência das notas.
Vejamos as de Setembro:
- Emissão de notas e cédulas: $1.956.348,00
- Notas e cédulas em caixa: $1.123.083,00
- Notas recolhidas para inutilizar: $264.705,00
- Em circulação: $568.560,00

A "Emissão de notas e cédulas" talvez represente o valor da totalidade das notas emitidas de que a agência é responsável (donde devem ser retiradas as devolvidas à sede, após a sua inutilização).
As "Notas e cédulas em caixa" são todas as que existem na agência disponíveis para a circulação.
A "Notas recolhidas para inutilizar" são as que não podem circular, ou porque foram retiradas ou estão impróprias para a circulação. Deverão ser inutilizadas na agência e posteriormente enviadas a Lisboa.
Será interessante ter acesso a mais balancetes e ir acompanhando as notas, embora não se saiba de que notas se trata, com exactidão.

[SANCHO]

Da busca que fiz ao meu arquivo digital identifiquei os seguintes Nºs e respectivos gerentes.

1 Pat 1910

Montalvão 188.160
F.Arvelos 341.925 -- 499.540

10 Pat. 1910

Monteiro Barros 0067
Lopes do Rosário 1.423
Menezes 4.233
Montalvão 6256 -- 11.001
Fernando Arvelos 11.640 -- 18.012

20 Pat. 1910

Menezes 0035 -- 9020
Mantalvão 10.205
Fernando Arvelos 13.699

[tm1950]

[Monge]

[quote="SANCHO"]Da busca que fiz ao meu arquivo digital identifiquei os seguintes Nºs e respectivos gerentes.